“Sísifo recebeu esta punição: foi condenado a, por toda a eternidade, rolar uma grande pedra de mármore com suas mãos até o cume de uma montanha, sendo que cada vez que ele estava quase a alcançar o topo, a pedra rolava novamente montanha abaixo até o ponto de partida por meio de uma força irresistível, invalidando completamente o duro esforço despendido. Por esse motivo, a expressão "trabalho de Sísifo", em contextos modernos, é empregada para denotar qualquer tarefa que envolva esforços longos, repetitivos e inevitavelmente fadados ao fracasso - algo como um infinito ciclo de esforços que, além de nunca levarem a nada útil ou proveitoso, também são totalmente desprovidos de quaisquer opções de desistência ou recusa em fazê-lo.”
Nasces (por acaso do destino) num país oligárquico, onde reina o socialismo, sistema que tem uma elite perene no poder, e onde só poderás participar nos escalões sociais mais altos, se te submeteres ao socialismo e à oligarquia.
À nascença, dão-te um número único, marcam-te como “cidadão”, e partem do princípio (irrecusável para os teus pais) que concordaste com o sistema do país onde nasceste.
Isto acontece, apenas por teres nascido.
Posteriormente, vais crescendo no sistema, e por teres “concordado” com o sistema, és obrigado a fazer toda uma série de coisas: estudar nas escolas do sistema até aos 18 anos; não podes trabalhar e ganhar dinheiro até determinada idade; és chamado ao serviço militar sem opção de negação; tens de pagar impostos o resto da vida aos socialistas oligárquicos; não podes optar por não fazer parte da “segurança social” e descontas 34,75% (23,75 + 11% no caso português) dos teus ganhos obrigatoriamente (senão penhoram-te propriedade), não te restando recursos para poupança pessoal.
“Assumes” à nascença, que tens de pagar a Segurança Social (não sendo uma conta de capitalização, ou seja a soma que descontaste ao longo do tempo em que te obrigam a trabalhar - não é tua) para que os restantes cidadãos possam ter as suas reformas, incluindo todos os free-riders que não querem trabalhar, e a quem os socialistas pagam para comprar votos.
Enquanto cumpres o teu lado da obrigação, que “assumiste” à nascença, os socialistas enriquecem, os seus descendentes são criados em sistemas de ensino paralelos, e vivem em meios que não são os que te calharam por CONTRATO SOCIAL.
O absurdo contrato social, é defendido teoricamente por académicos, políticos, intelectuais e toda uma série de gente ligada à justificação do poder oligárquico. Contudo, e podem procurar autores, escreveram-se milhares e milhares de páginas, mas a justificação é sempre dúbia, insuficiente e básica do ponto de vista racional.
Caso o panorama fosse este:
1. Nascias livre;
2. Aos 18 anos (ou outra idade onde se pressupõe maturidade) colocavam-te um papel na frente para assinares, explicando os teus deveres, e os deveres do estado em contrapartida;
3. Assinarias, ou não, sendo que se dissesses “Não”, não participarias no sistema de “benefícios” do regime (segurança social, saúde pública, e etc.) e terias os custos necessariamente reduzidos.
Caso assim fosse, teríamos de facto um contrato. Como não o fazemos, o contrato social implícito à nascença - não é válido -.
Um contrato apenas é válido se ambas as partes forem livres e conscientes no momento da sua assinatura.
A seguir: “Uma hipótese de Estado com Impostos/Contribuições Voluntárias”.
João Pereira da Silva
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