Bem-vindos ao grandioso circo do Estado, onde a principal atração é a violência e as leis de guerra são malabarismos que ninguém leva a peito! O monstro Estado, que jura proteger-nos enquanto afia as facas, adora brincar às guerras, mesmo quando fazem de conta que são pacifistas e batem com as mãos no peito a criticar os outros. Vamos espreitar os truques de cada país para andar aos tiros uns aos outros e rir da lata de apontarem o dedo à Rússia por “violar o direito internacional”, como se alguém nesta trupe de vigaristas ligasse um chavelho a este guião mal ensaiado.
Portugal, o menino bem comportado e que não tem dinheiro para mandar cantar um cego ou para mandar reparar os tanques que comprou em 2ª mão, entra em cena com a sua Constituição pacifista a brilhar como uma auréola. A Assembleia da República tem sempre que dizer “sim” à guerra. Claro, exceptuando as excepções: se for para defender o quintal ou lamber as botas da NATO – uma pandilha de rufias que adora bombardear países em nome da “paz”. O Presidente? Um proforma, que assina o que lhe mandam. E se houver um ataque surpresa (de quem, pergunto?)? Claro que as tropas saem a correr antes do sim e do carimbo, e depois é só gritar “foi autodefesa!”. Portugal acha-se o Dalai Lama da Europa, mas quando a NATO assobia, vira cãozinho obediente sem pestanejar. Paz? Só na treta, meus caros.
A Rússia, que muitos em Portugal ainda acreditam “são comunistas e imperialistas”, aparecem com o Putin a estalar o chicote e o Conselho da Federação a bater palmas como focas amestradas. A Constituição diz que é o Conselho que aprovam guerras fora do território, mas na prática claro que basta Putin dizer “bora” e os tanques arrancam com os pneus a guinchar. A “operação especial” na Ucrânia? Guerra sem nome, um truque de magia para fintar as regras e deixar o direito internacional com cara de parvo. Mas calma, antes de atirar pedras, olhem para o espelho: este joguinho de esconder o rótulo “guerra” não nasceu em Moscovo. É só a versão sem filtros do que todos fazem com um sorriso amarelo.
Os Estados Unidos são claro, o cowboy de chapéu reluzente, e entram pelo Direito Internacional a disparar confetis e bombas. O Congresso tem o poder de declarar guerra – diz a Constituição, coitadinha, a apanhar mofo desde 1942. O Presidente, esse maestro da destruição, manda drones e mísseis onde lhe apetece, com uma “Autorização para Uso de Força” que parece um cheque em branco. A War Powers Resolution? Uma anedota de 60 dias que ninguém lê. Iraque, Afeganistão, Síria – guerras sem papelada, só com o Congresso a aplaudir ou a choramingar enquanto enche os bolsos com o dinheiro das armas. Liberdade? Só para o Tio Sam decidir quem vive ou morre.
A Ucrânia, o palhaço chorão, tropeça no palco com a Constituição na mão: o Presidente propõe, a Verkhovna Rada aprova. Mas desde 2014, com a Rússia a morder bocados do país, ninguém teve lata para gritar “guerra!”. Em 2022, Zelensky puxou a lei marcial, atirou tudo para a frente de guerra e disse “é só defesa, malta”. Declaração formal? Para quê, se pode fazer-se passar de vítima, para sacar armas e guito ao Ocidente? O Estado ucraniano chora por liberdade enquanto prende quem discorda e manda miúdos agora a partir de 14 anos para a picadora de carne. Autodefesa, claro – com um cheirinho a autoritarismo para temperar.
A China, o mágico de olhos em bico, fecha o elenco. O Congresso Nacional do Povo “decide” sobre guerra, mas quem manda é o Partido Comunista, com Xi Jinping a puxar os cordelinhos. Quer mandar tropas para o Mar do Sul da China ou assustar Taiwan? É só dizer “sim” a si mesmo na Comissão Militar Central – sem tretas de votação ou conversas fiadas de “legalidade”. A China critica a Rússia com o nariz empinado, enquanto esmaga uigures e sonha com invasões, tudo sem suar a camisa para fingir que segue a ONU. É o Estado na sua forma mais pura: poder sem máscara, guerra sem floreados.
Agora, o número de comédia: o Ocidente a berrar que a Rússia é a ovelha negra do direito internacional. Que escândalo, invadir a Ucrânia assim! Mas e os EUA no Iraque, com aa aldrabice das armas de destruição maciça que nunca foram encontradas? Portugal a dançar na NATO enquanto civis viravam pó no Afeganistão, e a promover cimeiras nos Açores para decidir bombardear democracia em todo o Médio Oriente? E a Ucrânia a usar a guerra para calar a boca permanentemente a quem reclama? E a China, a rir na ONU enquanto planeia o próximo golpe? Todos estes palhaços jogam o mesmo jogo, só mudam a roupa. O “direito internacional” é o palhaço triste do circo, a segurar um guião que ninguém lê enquanto os Estados riem e se esfaqueiam.
Nós, libertários, assistimos a este circo com pipocas e nojo. Portugal finge democracia, mas é escravo de alianças. A Rússia não disfarça o autoritarismo. Os EUA vendem “liberdade” com sangue alheio. A Ucrânia chora por ajuda enquanto se transforma numa ditadura de guerra. A China nem se dá ao trabalho de mentir com graça. As leis de guerra? Um guião para enganar papalvos, a legitimar o monopólio da violência estatal. O povo? Esse serve para pagar a conta ou virar carne para canhão. O Estado é o dono do picadeiro, e o resto é plateia de otários. 800 biliões de euros? Vamos imprimir já aqui ao lado, e temos pena, não vamos poder pagar a Segurança Social, mas pelo menos o Putin vai tremer de medo de nos atacar.
A cereja no bolo é o moralismo de fachada. Os EUA e os seus amiguinhos (com Portugal pela trela) posam sempre como heróis, enquanto a Rússia é o mau da fita. Mas quem invadiu mais países? Quem lucra com cada bomba? Portugal fica caladinho, mas é cúmplice. A Ucrânia são pobres santinhos, mas reprimem a população na mesma. A China critica tudo e faz pior. O direito internacional é o nariz vermelho deste circo – todos lhe pisam em cima, mas só a Rússia é assobiada. Hipocrisia tão grande que se vê de Marte.
Chega de bater palmas a esta palhaçada! O Estado é o vilão de fato e farda, e as leis de guerra são só maquilhagem barata. Queres paz? Deita o governo ao lixo. Sem estes palhaços a mandar, só haveria pessoas livres, sem tanques ou discursos foleiros. Portugal, Rússia, EUA, Ucrânia, China – todos provam que o Estado é uma anedota de mau gosto, e acusar apenas a Rússia é o encore mais cínico do espectáculo. Desmontem o circo, e venha a liberdade – sem aplausos para estes bufões!
Acho que se resume a triste “vocação” que alguns tem para a escravidão pela própria natureza. E ao medo da liberdade. Simplesmente não sabem o que fazer com o mais básico dos direitos que nos é dado com o nascimento.
Pergunte a um português qual o departamento governamental que mais detesta e 9 em cada 10 responderá: a GNR.
O seu próprio exército, por outras palavras. Uma vez encoberto para justificar o fluxo de milhões de dinheiro dos contribuintes para a depressão como proteção da população. Enquanto todos os exércitos, em todos os países do mundo, existem apenas para fazer cumprir pela força as motivações altamente questionáveis do Estado.
De facto, o palhaço é tu.
(Desculpem o meu péssimo português, sou apenas um estrangeiro neste país)