O Reino dos Algarves é ficar no “cu de Judas”?
No passado sábado estive no primeiro encontro Libertário alguma vez organizado no Algarve. Esse facto histórico de total autoria do Carlos Jesus, veio pôr a nu uma realidade que tentamos ignorar.
Apesar de todos nós usarmos o Algarve para nos deleitarmos ao sol, na verdade do Algarve nada sabemos. O nosso egoísmo em usarmos aquelas terras para nosso proveito, mas nada querermos saber do que elas têm para oferecer, é a “causa” de todos os problemas, que assolam o país um pouco por todo lado.
Lisboa, no sentido figurado de ser o centrão do estatismo, está de olhos fechados para os problemas das populações nas várias regiões e localidades ao longo do nosso Portugal. Pensa de uma forma lacta, não percebem cada particularidade, desejos, ambições dessas populações. Toma medidas gerais, que para as aplicar criam desperdícios e nepotismos dos recursos entregues através dos nossos impostos e sendo na sua maioria não aplicáveis, pois ignoram as populações.
O libertarianismo é a única solução para que Portugal tenha voz. A sua faceta localista garante isso.
No libertarianismo, não é o Estado que determina como cada povo deve viver e desenvolver, mas sim o seu contrário, será sempre a soma de cada localidade que determinará o que cada região deverá escolher por caminho, e a soma de cada região determinará os destinos do país.
Voltando aos “Encontros Libertários”; serão estes a génese de um movimento de pensamento localista, que terão peso num movimento nacional. Um movimento que leve os Libertários a terem voz, a voz da terra. Será por isso importante que não se deixem os Libertários levarem por aqueles que acham que estando no respaldo de Lisboa será o suficiente. Se os libertários de Braga, do Porto, de Aveiro, de Leiria, do Alentejo, de Lisboa (aquela que não está na Corte)… e do Reino dos Algarves, rejeitarem o seu poder de determinar as vossas vidas e se entregarem a projectos que de Lisboa não saem, estarão não a defender a vossa liberdade, mas sim, para além da liberdade, a penhorar a vossa vida.
Hoje mesmo, para os Libertários do Porto, não percam o 3º encontro. Procurem as referências e local em www.libertários.pt
Mas, não respondi se o Reino dos Algarves fica no “cu de judas”. As respostas vão encontrar no próximo podcast do “Golpe de Estado” o podcast libertário a emitir live na segunda-feira pelas 21:30h. Vamos contar com o Carlos Jesus, (himself) e o Carlos Madeira, que nos vão explicar o que se passa lá no Reino.
António Xavier
https://x.com/CantodoKant
Marcelo Rebelo de Sousa, a 1 de Setembro de 2020:
“É preciso compreender-se que o Algarve contribuiu mais para Portugal do que em muitos casos Portugal tem contribuído para o Algarve.
Não foi por acaso que existiu um reino próprio do Algarve. Foi uma realidade histórica que significou a riqueza cultural, a expressão, a capacidade de encontro com novos mundos, uma vontade de ir mais longe e de ser diferente",
aka estes marafados conseguem sobreviver independentemente do que lhes aconteça! É o OE, agora do BCE, que mantém a essa noção de um estado.
Para relembrar outros libertários, que a reconquista de Portugal só terminou em 1249 😆 Vem de trás essa incompreensão, se pertencemos ou não a Portugal. O Pentareuco, terminado em 1487, é o primeiro livro impresso em Portugal e, como outros factos desconhecidos, impresso neste Reino...
Se compreendem que Portugal é colónia, não vos deveria ser difícil de aceitar, que o Algarve é colónia da colónia.
Mas como sempre o opressor directamente acima, se segura o monopólio da violencia, não quer saber das suas acções, só porque está também a ser oprimido?
Não pode continuar assim, este ciclo de opressão de colectivos sobre colectivos, eventualmente o indivíduo deixa de existir livre...
Até Segunda