PORTUGAL PRECISA DE LIBERTARIANISMO
O Estado, em qualquer forma, é uma entidade coercitiva que subsiste através da força e do confisco da propriedade privada.
Desde a sua adesão à União Europeia, Portugal tem trilhado um caminho de dependência e subserviência que, ao invés de promover a prosperidade, mergulhou o país numa espiral de mendicância crónica de fundos europeus. Esta realidade é uma ilustração clara dos males inerentes de um Estado intervencionista e coercitivo. A proposta libertária, que advoga pela redução drástica da intervenção estatal, ou mesmo a sua eliminação – o mais desejado –, e pela promoção da liberdade individual e dos mercados livres, apresenta-se como uma alternativa necessária e urgente para o futuro de Portugal.
Desde a sua adesão à União Europeia, Portugal tem recebido inúmeros fundos destinados ao desenvolvimento e à sua modernização. No entanto, um estudo recente do Instituto + Liberdade revela que a grande maioria desses fundos é canalizada para instituições e organizações estatais, em vez de chegar directamente aos cidadãos ou fomentar a iniciativa privada. Este desvio perpetua a ineficiência e o crescimento desmesurado da máquina estatal, resultando numa economia estagnada e dependente de favores políticos.
O Estado, em qualquer forma, é uma entidade coercitiva que subsiste através da força e do confisco da propriedade privada. Em Portugal, esta visão é palpável. Desde a Revolução dos Cravos, temos assistido a uma perpetuação de uma classe política que, ao invés de servir os cidadãos, utiliza o poder para garantir a sua própria sobrevivência e enriquecimento, num parasitismo da população que não pára de crescer. Promessas de desenvolvimento e progresso são continuamente frustradas por escândalos de corrupção e má gestão.
A carga tributária em Portugal é outro exemplo claro dos efeitos nocivos da intervenção estatal. Altos impostos sobre o rendimento, o consumo, a poupança, a propriedade e empresas sufocam o empreendedorismo e a inovação. Este ambiente desfavorável desincentiva a criação de novas empresas e a expansão das existentes, resultando numa economia que cresce a um ritmo lento e que depende de subsídios e ajudas externas para se manter, que são exclusivamente canalizadas para aqueles com ligações ao poder.
Além da carga tributária, a regulação imposta por Bruxelas acrescenta uma camada adicional de complexidade e custo para as empresas, especialmente as pequenas. O cumprimento dessas normas rigorosas é oneroso e desvia recursos que poderiam ser investidos em inovação e crescimento. Esta situação cria um ambiente onde apenas grandes empresas, com recursos abundantes, conseguem operar confortavelmente, enquanto as pequenas lutam para sobreviver, limitando assim a competitividade e a diversidade.
O libertarianismo propõe uma sociedade onde o poder é descentralizado e onde o Estado não existe. A base desta filosofia é a crença de que a propriedade privada e os mercados livres são os verdadeiros motores do progresso e da prosperidade. Para Portugal, adoptar princípios libertários significaria uma transformação radical, mas necessária, rumo a uma economia mais dinâmica e auto-suficiente.
A democracia, na sua forma actual, pode ser vista como uma forma de assalto organizado, onde os políticos compram votos através de promessas financiadas por impostos, dívida pública e impressão de dinheiro. Para evitar essa armadilha, é essencial promover a descentralização do poder.
Outro aspecto crucial da intervenção estatal é o controlo do dinheiro pelo Banco Central Europeu (BCE), que controla a emissão de moeda e dita as políticas monetárias, essencialmente financiando as agendas políticas, como a "transição energética", e controlando a população, como se viu durante a putativa pandemia.
Ao impor um monopólio através de leis de curso legal, o BCE obriga os cidadãos a usar exclusivamente o Euro, retirando-lhes a liberdade de escolher outros meios de pagamento. Este sistema não só perpetua a dependência das políticas centralizadas como também serve como uma máquina de assalto, transferindo recursos da população para os cofres do Estado e das elites políticas.
O incentivo ao empreendedorismo e à inovação é crucial para o desenvolvimento económico. Em vez de depender de fundos europeus, Portugal deveria criar um ambiente favorável ao investimento privado. Isso inclui a eliminação de todos os impostos – um autêntico roubo -, da burocracia e a criação de um sistema judicial privado e não monopolizado pelo Estado. Com um mercado livre e competitivo, incluindo a prestação de serviços de justiça e segurança, as empresas teriam melhores condições para crescer e criar empregos, impulsionando a economia de forma sustentável.
Para que o libertarianismo seja efectivamente adoptado em Portugal, é fundamental uma mudança cultural. A educação desempenha um papel crucial neste processo. No entanto, a educação pública e o controlo dos programas educativos pelo Estado não são mais do que máquinas de propaganda e manipulação das crianças que visam assegurar a sua subserviência ao Estado. As escolas e universidades devem promover o pensamento crítico e a valorização da liberdade individual e da responsabilidade pessoal. Além disso, os meios de comunicação e a sociedade civil devem estar envolvidos na disseminação dos princípios libertários, combatendo a mentalidade de dependência do Estado que ainda prevalece em muitas áreas.
Portugal enfrenta um momento crítico na sua história. A dependência dos fundos europeus, a ineficiência do Estado e a transferência de soberania para instituições globalistas e sem controlo ameaçam a nossa existência como portugueses. A adopção do libertarianismo oferece um caminho alternativo, baseado na liberdade individual, na propriedade privada e nos mercados livres. É uma transformação que requer coragem e determinação, mas que pode levar Portugal a uma nova era de prosperidade e independência.
O futuro de Portugal não deve ser decidido em Bruxelas ou em Lisboa, mas sim nas mãos de cada cidadão, livre para empreender, inovar e prosperar. É hora de rejeitar a tutela estatal e abraçar um futuro de verdadeira liberdade.
Luís Gomes (Convidado)
Gestor - Faculdade de Economia de Coimbra - e empresário
https://paginaum.pt/author/luisgomes/
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O Luís Gomes vai participar, na Sexta-Feira dia 21 de Junho pelas 21:30 de Lisboa, no podcast “Golpe de Estado” sobre o tema do texto acima.
Bom dia Beeb, daqui Luís Gomes. Esse tema será abordado no podcast que irei realizar, onde explicarei como funcionaria uma sociedade sem Estado. obrigado
Um sistema judicial privado, como se concretiza? É o outsourcing dos serviços prisionais, policiais? Ou também inclui tribunais, jurisdição privada? Obrigada