Por lazer e interesse tenho acompanhado o que dizem os nacionalistas portugueses no X.
Nas conversas sente-se a sua justa revolta por tudo quanto tem sido feito contra a Nação portuguesa, especificamente a invasão de estrangeiros, legalizados ou não, que afectam Portugal em muitos aspectos, alguns de modo definitivo, se nada for feito urgentemente.
Portanto: os nacionalistas portugueses têm toda a razão no ser vocais e activos contra a maléfica Agenda Kalerghi da União Europeia.
Porém, durante as conversas algumas coisas deixaram-me inquieto, nomeadamente no que toca aos modos de gerar oposição e conseguir influenciar o futuro desenrolar dos acontecimentos. No específico, ouvi duas coisas por diversas vezes, que inquietam:
Que os fins justificam os meios;
Que a Verdade pode ser um obstáculo à vitória.
De um ponto de vista puramente maquiavélico, tais afirmações como base de estratégia, podem fazer sentido numa primeira abordagem, e a lógica parece ser: “não podes vencer um inimigo maquiavélico sem seres tu mesmo maquiavélico, pois eles usam armas que deves usar também”.
Claro que para estes nacionalistas, a Moral passa então para segundo plano, passa a mero empecilho, e a ilusão de uma vitória por qualquer meio instala-se. Esquecem que o inimigo tem milénios de experiência na Mentira, na propaganda e manipulação, logo há desigualdade, e o maquiavelismo dos nacionalistas parece uma fisga perto da bomba atómica que os bandidos possuem.
Depois, esquecem os nacionalistas, que a a Luz da Verdade é o melhor desinfetante, e que existe uma máxima que todos os mentirosos conhecem muito bem: nunca existe uma só mentira. A primeira mentira leva à segunda e por aí em diante, numa espiral imparável de contínua vigarice, aldrabice e ilusão.
E a minha tristeza com os nacionalistas não se fica por aqui. Eles comunicam também que devem tomar o poder no Estado e depois manipular pela propaganda a “carneirada” acéfala que não sabe o que é melhor para si própria.
Aqui, então o desacordo é extremo. E chegamos à questão da Soberania.
Nós Libertários, defendemos que a soberania deve ser INDIVIDUAL. E porquê? Pelo simples motivo de que não se pode desenvolver uma Nação de carneiros subservientes sem soberania individual.
A Soberania Nacional é = soma das soberanias individuais dos nacionais do território que se quer independente.
Caso não se entenda a soberania deste modo, então a dita Nação não é autenticamente soberana, mas dependerá sempre de um líder forte, autoritário, despótico e autocrático, dedicado a manter a carneirada controlada.
Um líder bom, quer ser líder de uma Nação de Leões. Não de uma “naçinha” de carneiros incapazes de pensar por si, e de se defender ou prosperar.
Além disto: quanto mais fortes forem os súbditos, mais forte tem de ser o líder.
Para alguns candidatos a líder, tal coisa pode assustar, certo?
“Quanto mais carneiros forem os meus súbditos, menos tenho eu de ser forte e melhor”.
Convenhamos que é algo conveniente para quem gosta de se alçar a dominar terceiros.
Assim sendo, atrevo-me a preconizar que o movimento nacionalista português será anulado com grande facilidade, pois quer privilegiar usar os carneiros, em vez de criar Leões.
Parece-me uma escolha importante.
João Pereira da Silva
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