A Associação Partido Libertário, afinal, nunca existiu.
Escrevi em tempo que o principal movimento libertário era um saco de gatos, onde cada um dos seus dirigentes, passado e presente, há altura, punham e dispunham da mesma conforme se lhes dava na gana.
Ou porque tinham as contas bancárias bloqueadas, ou porque as Assembleias Gerais eram totalmente irregulares e fascistas (pela prepotência do seu presidente de então, Joaquim Couto), ou porque os crowdfundings eram canalizados para a conta particular do presidente, Carlos Novais, etc., etc.
Na realidade, a vigarice vinha da sua origem, vinha do momento da formação da Associação, quando o nome foi recusado pelo Instituto dos Registos e Notariado (IRN), que indeferiu a mesma por possuir na denominação, a palavra “partido”.
Vigarice porque sem dúvida que esta situação foi do conhecimento dos seus fundadores, nomeadamente e principalmente pelo Fernando Sobrinho, presidente na altura e pelo Carlos Novais, Presidente da AG.
A pergunta que se põe é porque nada fizeram para alterar o nome e manter o movimento? A razão é bem simples, uma feira de vaidades.
Na verdade, tal como afirmo no artigo anterior, nunca foi intenção desta gente fazer qualquer partido, bem pelo contrário, o objetivo foi bloquear todo e qualquer movimento libertário. Já o tinham feito na cisão entre o PLP de 2012, ao virem simular a fundação de uma associação em 2016, exactamente com o mesmo nome e com o mesmo símbolo. A divisão foi propositada, atrasando um processo que ganhava força. Agora, a verdade veio ao de cima.
Enquanto isso, o Carlos Novais, andou a vender-se como presidente de um partido, como um ideólogo libertário, usando uma meia dúzia de papalvos (onde me incluo) para que o promovessem, para que trabalhassem numa recolha de assinaturas, para que se um dia, caso fosse possível criar um partido, este seria um partido uninominal, o partido do Carlos Novais. Agora tudo se explica, agora entende-se porque Carlos Novais não devolveu as assinaturas a quem o substituiu, agora explica-se porque não existia conta bancária e porque Sobrinho se mentinha calado, agora entende-se porque Joaquim Couto, usava todas as tropelias para evitar que alguém fizesse frente ao Carlos Novais.
Aqui vai o balde de água fria:
Termino, simplesmente, pedindo desculpa a todos aqueles meus amigos que convenci a entrarem como associados e também aqueles que convenci a deixarem uma assinatura para a constituição do partido. Enganei-vos.
Sinto-me envergonhado, perdoem-me, nunca contei estar envolvido com vigaristas.